30/04/2016
A Medida Provisória permite que esses médicos continuem atuando no programa sem que o diploma tenha que ser revalidado no Brasil
ROBERTO STUCKERT FILHO/ PR
A permanência de médicos brasileiros formados no exterior e de estrangeiros no Programa Mais Médicos foi prorrogada por mais três anos. A presidente Dilma Rousseff assinou ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, medida provisória que permite que esses médicos continuem atuando no programa sem que o diploma tenha que ser revalidado no Brasil.
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A lei que criou o Mais Médicos em 2013 previa a dispensa da revalidação do diploma nos três primeiros anos de atuação.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida assinada ontem permite que 7 mil profissionais que sairiam do Mais Médicos neste ano continuem atuando.
A MP foi proposta ao governo federal pela Frente Nacional de Prefeitos, pela Associação Brasileira de Municípios e pelo Conselho Nacional de Saúde. As entidades argumentaram que muitas cidades dependem desses profissionais para manter os serviços básicos de saúde.
Ao discursar na cerimônia, o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira, comemorou a permanência dos médicos no programa sem a necessidade de revalidar o diploma. Segundo ele, os prefeitos se sentiram aliviados com a notícia, uma vez que os médicos já conhecem a situação dos municípios.
“Eu, como fui prefeito, sei das dificuldades que era contratar médicos para atenção básica. O programa, além de ter sido salvação para os prefeitos, para a população brasileira eu tenho dito que é o Bolsa Família da saúde.
É a possibilidade de garantir saúde para as pessoas que mais precisam e representou para a população a possibilidade de muitos lugares deste país terem o seu primeiro acesso à saúde”, afirmou.
É a possibilidade de garantir saúde para as pessoas que mais precisam e representou para a população a possibilidade de muitos lugares deste país terem o seu primeiro acesso à saúde”, afirmou.
O ministro interino da Saúde, Agenor Álvares, citou os desafios e polêmicas enfrentados à época do lançamento do programa e disse que só um governo legitimado pela população teria condição de implementá-lo. “Foram enfrentadas indisposições tanto do ponto de vista político como dos órgãos de classe. Só um governo legitimado pela população teria coragem para enfrentar todas essas questões e dizer que o compromisso do governo é com o povo brasileiro, que o compromisso do governo é com a saúde”, disse no discurso. Agenor falou ainda que considera o Mais Médicos uma atividade perene do sistema de saúde e não apenasum programa.
Críticas
Entidades de classe, como o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira, criticaram o Mais Médicos. Uma das críticas foi a contratação de médicos cubanos, que participam do programa por meio de cooperação firmada entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americanade Saúde.
O programa foi criado com o objetivo de ampliar a assistência à atenção básica de saúde levando médicos para atuarem em cidades com ausência de profissionais, como no interior do país e em distritos indígenas.
Atualmente, o programa tem 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas. O programa também tem ações de expansão da
formação médica no país.
formação médica no país.
3
três anos é o tempo prorrogado para permanência de médicos
7
mil profissionais deixariam o Mais Médicos neste ano
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