sábado, 6 de fevereiro de 2016

FUNDEF Professores entram em greve por reajuste e repasse

Fonte: http://www.opovo.com.br/
06/02/2016
De acordo com a categoria, o não reajuste do piso salarial, a falta de pagamentos de dívidas de anuênios, abono de férias, além do impasse sobre a destinação dos recursos do Fundef, são as causas da decisão


RODIRGO CARVALHO
Professores querem reajuste do salários, abono de férias e repasse de dinheiro do Fundef
Em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) realizada ontem, os professores da rede municipal decidiram deflagrar greve, que começa na próxima sexta-feira, 12.

Por lei, a categoria precisa notificar a Secretaria Municipal da Educação 72 horas antes da paralisar as atividades. 

Entre as reivindicações dos professores, estão o reajuste do piso salarial e o repasse de 60% da verba oriunda do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef, atual Fundeb).

No fim do ano passado, a União destinou à Prefeitura valor que, atualizado, soma R$ 361 milhões. A quantia diz respeito a gastos feitos pelo Executivo municipal com a educação ainda na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). 

O atual prefeito da Capital, Roberto Cláudio (PDT), tem garantido que o valor recebido pelo Município é resultado de indenização paga pela União e que a verba deverá ser empregada na infraestrutura da educação e na ampliação e investimento na área da saúde. 

“Esse valor é uma indenização aos cofres municipais. Foi pago pelo município, com recurso próprio, e deveria ser recurso do Fundef no passado. Portanto, o Governo Federal está ressarcindo o município”, afirmou o prefeito ao O POVO em 17 de janeiro.

Greve
Em nota, o Sindiute assegura que a greve foi motivada por “falta de diálogo com a Prefeitura, que insiste em não repassar o ressarcimento do Fundef para a educação, além da campanha salarial, com reajuste de 11,36%”. 

Presidente do sindicato, Ana Cristina Guilherme justifica a decisão de suspensão das atividades do magistério pela recusa do prefeito em autorizar o reajuste salarial. “A gente acha inadmissível um governo que recebeu R$ 289 milhões (valor do repasse em 2013) dizer que não tem dinheiro. Não vamos abrir mão do reajuste do piso”, disse.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal da Educação informou que ainda não foi notificada da decisão dos professores de paralisar totalmente as atividades.

A pasta avisa que irá se posicionar quando for comunicada formalmente.

Os professores agendaram um ato no dia 12, em frente ao Paço Municipal, no centro da Capital, a partir das 9 horas.

NÚMEROS
R$ 361
milhões é o valor atualizado do dinheiro repassado

11,36%
é o reajuste reivindicado pela categoria dos professores

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