Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
21.01.2013
Na cerimônia oficial, o democrata prometeu cumprir fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos
Washington. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tomou posse oficialmente para seu segundo mandato ontem, em uma cerimônia pequena e privada no Salão Azul da Casa Branca, ao lado da primeira-dama Michelle Obama das filhas Sasha e Malia. Com a mão sobre a Bíblia, o líder democrata prometeu "preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos".
Obama estava acompanhado da primeira-dama, Michelle, e de suas filhas, Sasha e Malia. A cerimônia, que aconteceu no Salão Azul da Casa Branca, foi televisionada e durou menos de um minuto FOTO: REUTERS
O presidente da Suprema Corte do país, John Roberts, administrou o juramento de posse do presidente, repetindo o papel que exerceu em 2009, quando Obama se tornou o primeiro presidente negro dos EUA.
"Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente que cumprirei fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos, e que farei tudo em meu poder para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos", disse Barack Obama, um dia antes das celebrações públicas em Washington.
O juramento, que foi transmitido ao vivo pela TV, durou menos de um minuto. Após a formalidade, Obama, o 44º presidente dos Estados Unidos, cumpriu assim o que determina a Constituição do país, que estabelece que os mandatos presidenciais começam no primeiro dia 20 de janeiro ao meio-dia posterior às eleições, mas voltará a jurar, hoje, diante de milhares de pessoas em frente ao Capitólio.
O vice-presidente Joe Biden, de 70 anos, prestou juramento na manhã de ontem, em uma cerimônia privada com familiares em sua residência, em um ato presidido pela juíza hispânica da Suprema Corte norte-americana, Sonia Sotomayor.
Posteriormente, Obama e Biden deixaram uma coroa de flores na tumba do Soldado Desconhecido no cemitério de Arlinton, nas proximidades de Washington.
Após prestar o juramento na hoje nas escadas do Capitólio, Obama deve fazer um aguardado discurso inaugural que pode dar uma ideia de como pretende dirigir o país nesses próximos quatro anos.
Discurso
O presidente "falará de como nossos valores e princípios fundamentais podem continuar nos guiando no mundo de transformações de hoje e da necessidade de alcançar consensos em Washington", antecipou ontem um de seus principais assessores, David Plouffe.
Contudo, o discurso de posse costuma ser mais poético que substancial. Obama falará sobre as suas prioridades de governo, entre as que pode estar uma reforma migratória neste país com mais de 11 milhões de imigrantes ilegais, diante do Congresso no dia 12 de fevereiro.
Pouco antes do meio-dia de hoje, com a mão direita levantada e a esquerda sobre duas Bíblias - uma do ex-presidente Abraham Lincoln e outra do defensor dos direitos civis Martin Luther King, Obama prometerá cumprir suas obrigações como presidente dos EUA e defender a Constituição.
Em janeiro de 2009, cerca de dois milhões de pessoas se reuniram no Mall para não perder a histórica posse, mas este ano o público será menor, apesar de haver vários eventos para celebrar o novo mandato.
Reeleito em 6 de novembro após ter derrotado o republicano Mitt Romney, Obama inicia o novo governo com um índice de aprovação de 51%, embora a maioria dos americanos continue cética sobre sua gestão da economia. No entanto, o democrata tem um nível de confiança similar à de seu antecessor George W. Bush no mesmo período.
Segurança forte durante evento
Centenas de soldados serão responsáveis o controle do Capitólio, onde o presidente fará o juramento de seu segundo mandato FOTO: REUTERS
Washington. Severas medidas de segurança serão impostas aos milhares de norte-americanos que forem hoje ao National Mall de Washington para a posse do presidente Barack Obama, em meio ao temor das forças de segurança sobre os "ataques solitários", por pessoas que podem aparecer entre a multidão sem despertar suspeitas.
Segundo as estimativas, o público será menor que em 2009, mas espera-se que entre 500 mil e 800 mil se dirijam à imensa esplanada que se estende diante do Congresso.
Centenas de policiais - o número exato não foi divulgado - controlarão todas os cantos das ruas e o céu da capital federal serão fortemente vigiados, assim como o rio Potomac, que atravessa a cidade. Também haverá equipes de agentes com cavalos e cachorros que percorrerão Washington em busca de explosivos.
Mais de 13.000 soldados participarão do desfile, do cordão de segurança, da escolta ao presidente Obama e do controle do Capitólio, a sede do Congresso, onde o presidente fará o juramento de seu segundo mandato.
Haverá câmeras por todas as partes, ruas menores ao redor do Mall estarão fechadas e os espectadores deverão passar por detectores. Também haverá franco-atiradores posicionados nos tetos dos principais edifícios da área, preparados para agir se necessário.
"Estamos prontos", afirmou Shennel Antrobus, encarregado da comunicação da Polícia do Capitólio, destacando que se prepararam "durante meses para se adaptar a todo tipo de problemas que possam surgir".
"Seria uma loucura tentar qualquer coisa nesse dia pelo número de policiais na área, mas há preocupações", disse o vice-presidente da lliedBarton Security Services.
Em algum lugar nas proximidades de Washington, que não será revelado, um centro de operações seguirá "em tempo real" a situação em terra. O FBI, a Polícia de Washington, a do Capitólio e a dos parques nacionais, a Guarda Nacional, a Armada, cada uma das 42 agências que participam do esquema, terão um representante nesta fortaleza, ponto de convergência de 94 delegacias da cidade.
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