19/03/2016 - 11h20
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse que poderá trocar a equipe inteira de uma investigação da Polícia Federal em caso de vazamento de informações. "Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão" disse ontem o ministro à Folha.
Na entrevista, ele negou a intenção de influenciar na operação lava jato: "Não tenho essa prerrogativa, essa competência". Para ele, o vazamento da delação é "uma atitude criminosa, porque quem vaza está querendo criar algum tipo de ambiente".
Na entrevista, ele negou a intenção de influenciar na operação lava jato: "Não tenho essa prerrogativa, essa competência". Para ele, o vazamento da delação é "uma atitude criminosa, porque quem vaza está querendo criar algum tipo de ambiente".
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Na última quinta-feira, Eugênio Aragão sugeriu, após assumir o cargo, que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, pode ter cometido crime ao tornar públicos os áudios entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.
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De acordo com o ele, que é subprocurador-geral da República, Moro deveria ter "fechado os autos e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal" ao encontrar o áudio da presidente, que possui foro privilegiado em razão da sua função.
Na quarta-feira, delegados de Polícia Federal manifestaram "total indignação e repulsa" diante do conteúdo de grampos da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que pegou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os delegados miram no novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que teria revelado intenção de interferir nas ações da PF.
Redação O POVO Online
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