segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dilma fala sobre julgamento do mensalão em entrevista a 'El País'

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
Folhapress | 17h35 | 18.11.2012


A presidente Dilma Rousseff disse em entrevista ao jornal espanhol "El País", publicada neste domingo (18), que "acata" as sentenças do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão, mas ponderou que ninguém está "acima dos erros". 

Foto: Agência Reuters
"Sou radicalmente favorável a combater a corrupção, não só por uma questão ética, mas por um critério político. [...] Há muitos procedimentos jurídicos neste terreno e como presidente da República não posso me manifestar sobre as decisões do STF. Acato suas sentenças, não as discuto. O que não significa que ninguém neste mundo de Deus esteja acima dos erros e das paixões humanas", disse a presidente.
Essa foi a primeira declaração de Dilma sobre o mensalão após a condenação dos petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares pelo STF.
A entrevista foi realizada na última segunda-feira, dia em que o Supremo estabeleceu para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu penas que, somadas, chegam a dez anos e dez meses de prisão. Dirceu foi condenado no julgamento do mensalão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.
A presidente defendeu realizações dos mandatos de Lula e citou a criação do Portal da Transparência e da Lei de Acesso à Informação. "Poucos governos têm feito tanto pelo controle do gasto público como o do presidente Lula", disse. 

Crise europeia
Dilma criticou as políticas de ajuste fiscal como forma para combater a crise europeia. "Não acredito que o problema da Europa seja seu modelo de Estado de bem-estar. O problema é que foram aplicadas soluções inadequadas para a crise e o resultado é o empobrecimento das classes médias. Neste ritmo, haverá uma recessão generalizada", disse.
Para a presidente, a melhor maneira de combater a crise europeia seria com investimento e estímulos ao crescimento. 
Dilma disse ainda acreditar que o euro seja um projeto inacabado, e que, na prática, não funciona como uma moeda única.

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