Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
07.04.2013
O líder ditador afirma que os "inimigos do seu país" estariam se preparando para uma guerra
O jovem ditador justifica a decisão afirmando que o aumento da artilharia seria para "garantir um rápido ataque preventivo" Foto: Reuters
Seul O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou à indústria de armas do país que aumentasse a produção de artilharia "para garantir um rápido ataque preventivo", informou neste sábado a televisão estatal norte-coreana KCTV.
A KCTV emitiu um documentário sobre uma reunião de trabalhadores da indústria de armas presidida por Kim em 17 de março, quando o líder pediu a eles que "garantissem a qualidade de nossa artilharia e projéteis para assegurar um rápido ataque preventivo contra nossos inimigos".
O jovem líder, cuja idade é estimada entre 29 e 30 anos, expôs durante seu discurso, publicado pela agência sul-coreana Yonhap, que "uma vez que exploda a guerra", será preciso destruir as posições militares e as instituições governamentais primordiais dos inimigos "com um ataque rápido e repentino".
Kim também assinalou que os inimigos da Coreia do Norte estão se preparando para a guerra, o que exige ainda mais a produção de uma artilharia de qualidade por parte de Pyongyang.
No documentário, o líder aparece acompanhado por Pak To-chun, secretário da indústria militar do Partido dos Trabalhadores, principal órgão político do regime comunista norte-coreano e seu principal pilar junto ao poderoso Exército Popular.
Ofensivas
Em 26 de março, o Exército da Coreia do Norte assegurou ter colocado mísseis e unidades de artilharia "em posição de combate" com o ponto de mira nos EUA e na Coreia do Sul, como parte de uma campanha de atos hostis e ameaças de guerra que se prolongou até os últimos dias.
De acordo com fontes sul-coreanas, a Coreia do Norte carregou em plataformas de lançamento móveis dois mísseis de alcance intermediário e os escondeu em algum ponto no litoral leste do país, o que pode ser o indício de um iminente teste de mísseis de Pyongyang.
"No início desta semana, a Coreia do Norte transferiu de trem dois mísseis Musudan e os colocou em plataformas de lançamento móveis" no litoral do Mar do Leste (do Japão), indicou um alto oficial do Exército do Sul.
O parque fabril de Kaesong, que fica na Coreia do Norte e é o último vestígio da cooperação com o Sul, se aproximou ainda mais de uma paralisação neste sábado, quando 92 trabalhadores sul-coreanos foram para casa através da fronteira que Pyongyang fechou. Quatro das mais de 120 empresas que operam no complexo, pararam.
Embaixadas
A maioria dos 24 países que têm embaixadas na Coreia do Sul decidiu manter diplomatas no país mesmo após Pyongyang dizer sexta-feira que não vai garantir a segurança dos representantes internacionais após a próxima quarta. Dentre eles, está o Brasil.
A recomendação de retirar os embaixadores foi feita em meio ao aumento da retórica belicista do regime de Kim Jong-un contra os EUA e a Coreia do Sul. Grande parte dos países notificados vê a retirada como uma estratégia do país comunista para aumentar a tensão. A tática seria uma forma de afirmação do ditador, que assumiu em 2011.
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