sábado, 26 de setembro de 2015

Dólar fecha a R$ 3,97, "acalmado" pelo BC e Tesouro

Fonte: http://www.opovo.com.br/
26/09/2015
Após alta histórica, o governo agiu para controlar a violenta oscilação e tentar manter a liquidez do mercado

O dólar fechou ontem em baixa de 3,49%, a R$ 3,974 na venda. A “calma” na moeda norte-americana tem maior influência da ação conjunta do Banco Central (BC) e do Tesouro para dar liquidez aos mercados de câmbio e de juros.
Na semana, a moeda acumulou alta de 1,46% - sexta semana seguida de avanço. Apesar do arrefecimento, analistas afirmam que a tendência de alta continua, sob pressão das incertezas políticas e da crise fiscal e econômica no País.

O BC realizou ontem dois leilões de novos contratos de swaps cambiais (venda futura de dólares), que movimentaram juntos cerca de US$ 1,971 bilhão. Também deu sequência à sua atuação diária para estender o prazo de papéis já existentes, que girou US$ 443,1 milhões.

A intervenção teve reforço de empréstimos de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 4 de janeiro de 2016. A autoridade monetária tem atuado em conjunto com o Tesouro, que anunciou na quinta-feira, 24/9, o lançamento de um programa de leilões diários de títulos públicos.

“O Brasil tem cerca de US$ 370 bilhões de reserva e vai utilizar para conter essa especulação sempre que estiver na casa dos R$ 4. Alexandre Tombini (presidente do BC) quis mostrar para o mercado que o País tem um volume grande de reserva. Antes, ele não fazia tal declaração e dizia que o mercado iria se autorregular”, ressaltou o economista Ricardo Coimbra.

Para ele, o patamar do câmbio como está pode dar uma reviravolta em favor das exportações e proporcionar até um superávit da balança comercial, antes prevista para déficit. Mas claro que beneficia mais empresas que não tenham dívidas em dólar ou que não dependam tanto das exportações.

Hora de vender
Com a valorização de cerca de 50% do dólar em 2015, especialistas apontam o bom momento para investidores venderem dólares. A dica é do diretor-geral da Valorize Consultoria Empresarial, José Maria Porto. 
Mas o consultor ressalta que a venda se dará sempre com deságio, desvalorização. Além disso, destaca que a decisão vai depender também do planejamento de investimento decidido. (Andreh Jonathas, com agências)

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