Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
17.06.2012
Máquina trabalhava nas obras da Cagece quando deslizou em vala. Ninguém ficou ferido, diz a Companhia
Um trator que trabalhava nas obras da Avenida Castelo de Castro, no bairro Barroso, onde houve um rompimento da tubulação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), no domingo passado (10), deslizou e caiu no buraco aberto pelo estouro da adutora.
A retroescavadeira já foi retirada do buraco. De acordo com a Cagece, o acidente aconteceu devido à instabilidade do solo na região Foto: Reprodução
O acidente aconteceu por volta das 17 horas de sexta-feira (15). Segundo a Cagece, nenhum operário saiu ferido e nenhum cano foi atingido. A máquina foi retirada do buraco no mesmo dia e, na manhã deste sábado (16), os trabalhos de aterramento foram retomados. A Cagece confirmou que, durante o aterramento do local, houve o deslizamento de uma retroescavadeira para a vala. O fato teria ocorrido devido à instabilidade do solo, de acordo com a Companhia.
Na manhã de ontem, os moradores observavam, apreensivos, os trabalhos de aterramento, pois a água junto ao cano da Cagece estava borbulhando. "Se está assim, é porque tem algum problema com o cano", avaliava o morador Raimundo José dos Santos Neto, funcionário da construção civil. Segundo ele, se o aterramento está sendo feito sem que seja verificada a razão da água estar soltando bolhas, é provável que, depois da obra concluída, haja outro estouro.
No último domingo (10), o rompimento de uma tubulação da Cagece, no Barroso prejudicou o abastecimento de água em vários bairros de Fortaleza e destruiu cerca de 14 imóveis localizados ao longo da Avenida Castelo de Castro, enquanto outros, com rachaduras nas paredes, estão sob risco de desabar.
A previsão da Cagece é que o abastecimento seja normalizado até esta segunda-feira (17). Já aqueles que estão nas partes mais altas da cidade e em bairros que apresentem problemas quanto à pressão da água, não há previsão de retorno. "A rede passou muito tempo esvaziada e demora naturalmente para retornar a pressão normal", justifica o órgão.
Indenizações
Quanto às famílias que tiveram suas casas destruídas ou estão em risco de desabamento devido ao estouro da adutora, reina a incerteza em relação ao recebimento de indenizações por parte da Cagece. Segundo os moradores atingidos, uma reunião é agendada com o órgão para tratar da questão. Por enquanto, os desabrigados estão em casas alugadas pela Companhia.
É o caso de Edilberto da Silva França, morador e dono de oficina no local. Ele conta que, por conta da explosão da adutora, sua casa e oficina foram destruídos pela força do vazamento da água. Além de estar sem trabalhar, seu filho de um ano e meio, ao ser atingido pela água gelada que vazou na explosão, contraiu pneumonia. Hoje, a família dele está morando numa das casas alugadas pela Cagece, no bairro João Paulo II- Travessa A, assim como mais três famílias que se encontram na mesma situação.
A falta d´água gerada pelo rompimento da adutora afeta, segundo a Companhia, 19 bairros da região leste da Capital, entre eles, Dunas, Papicu, Aldeota, Vicente Pinzón, Dionísio Torres, Meireles e Centro. A Cagece garante que, aos poucos, a situação vai sendo normalizada nessas áreas.
SÍLVIA TEIXEIRA
REPÓRTER
obrigado,cagece!
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