Máquinas de escrever, telégrafos, pagers e outras tecnologias já fazem parte do passado. O que não fará parte do futuro?
Por Eduardo Vieira Karas/23 de Outubro de 2011
“Tudo o que é novo pede passagem” é um lema que pode ser levado ao pé da letra no ramo da tecnologia. Quando um método se mostra mais barato, mais rápido ou mais eficiente do que o anterior, é só questão de tempo até que as pessoas o adotem.
Isso já aconteceu com o telégrafo, toca-discos, pager, fax, walkman, disquete, videocassete, máquinas de escrever e tantas outras ferramentas que agora só fazem volume no “quartinho da bagunça” ou se transformaram em artigos para colecionadores ou material para salas de museu.
Como o tempo é impiedoso e não para, neste exato momento — enquanto você lê este texto — existem mecanismos e objetos se tornando ultrapassados. É claro que o processo é gradual e acontece de maneira sutil. Portanto, faça suas apostas: avalie a seleção que o Tecmundo fez e nos diga se os itens citados terão ou não espaço na sociedade que está por vir.
(Fonte da imagem: Dee Garreston)
Mas não é só isso. Os principais vilões dos clássicos pontos de venda são o comércio eletrônico e a popularização dos tablets e derivados. Pense bem: diferente de outros tipos de mercadoria, quando se trata de uma publicação impressa você não precisa exatamente testar ou averiguar pessoalmente a condição do produto.
Além disso, uma pequena avaria dificilmente comprometeria um produto como o faria com um eletrônico. Dessa forma, torna-se muito mais prático e cômodo para o leitor pesquisar, ler sinopses e comentários sobre o que deseja em um site, para depois comprar via web.
Mesmo assim, nesse tipo de transação ainda há o tempo de espera entre o pedido e a entrega. Contudo, quando se fala em e-books, essa distância não existe, já que o conteúdo chega ao usuário assim que o pagamento é efetuado.
Os livros não devem sumir tão cedo. A superfície opaca, o cheiro do papel e a experiência de troca de páginas continuam sendo levadas em conta pelos consumidores — já as livrarias, como as gerações passadas conheceram, estas sim devem perecer.
(Fonte da imagem: Obama Pacman)
Sem contar com a praticidade: dezenas de apostilas, dúzias de livros acadêmicos e milhares de vídeos explicativos cabem em artefato único. Fora isso, a tecnologia touchscreen tem ampla aceitação entre os nascidos no novo século (já tem até criança achando que uma revista é um tablet que não funciona!).
Ainda é cedo para afirmar quando a situação financeira global permitirá que boa parte das instituições de ensino troquem os tradicionais cadernos por dispositivos computadorizados. No entanto, as chances de isso acontecer são grandes e, se a previsão se confirmar, os professores terão que pensar em novas maneiras de aplicar provas — enquanto os alunos terão que desenvolver outras artimanhas para colar.
(Fonte da imagem: Wikipedia.)
Quando você consulta um serviço de GPS (principalmente em um tablet, onde a tela é maior), um sentimento de que a tarefa nasceu para ser executada ali naquele portátil toma conta dos seus dedos. Arrastar, dar zoom, consultar nomes de ruas, traçar rotas: tudo é feito com extrema leveza.
Por mais que o sistema nem sempre esteja 100% correto e a voz integrada soe mandona e repetitiva, pode ter certeza de que esse tipo de tecnologia é um passo sem volta. Quanto aos mapas de papel? Estes vão se tornar relíquias e partes dos filmes da Sessão da Tarde cuja trama envolve velhos piratas e crianças audaciosas se aventurando em busca de tesouros.
Contudo, a situação já vem mudando — as cobranças vêm diminuindo e as ofertas para a telefonia móvel ficam cada vez mais tentadoras. Isso sem contar a enorme quantidade de funções apresentadas pelos smartphones: agenda, internet, games, aplicativos, SMS — ou seja, sem comparação!
No futuro, a condição de um sistema de comunicação não portátil não fará o menor sentido. E, aliás, por que você vai discar para a casa de uma pessoa se é possível ligar diretamente para ela?
A tecnologia banda larga segue evoluindo em passos conjuntos com redes cada vez mais eficientes, como a 4G. Até a Copa do Mundo de 2014, o governo nacional deseja que 75% dos lares estejam cobertos por conexões ultravelozes — e o melhor é que é até mais fácil cobrir áreas isoladas com sinais digitais por satélite do que com cabos de telefonia.
Em cerca de 30 anos, ao que se espera, o avanço deve ser tremendo. Com isso, cada vez menos provedores vão oferecer serviços de conexão e cada vez mais novos computadores virão sem modems agregados. Resumindo: a internet de baixa velocidade vai ser apenas uma lenda para contarmos para as gerações vindouras.
Contudo, os telefones públicos podem vir a se tornar centrais multimídia conectadas, capazes de enviar e receber emails e SMS, recarregar celulares, realizar videochamadas e oferecer conexão Wi-Fi. Esse tipo de experiência já acontece em alguns países (na Espanha, por exemplo, esse tipo de tecnologia existe desde 2007).
(Fonte da imagem: NUSA)
No Brasil, também existem empresas que oferecem protótipos parecidos, mas sem tanta notoriedade até agora. Por enquanto, ainda não há especulações palpáveis sobre quando a modernização deve começar a acontecer. Mas uma coisa é certa: os milhões de aparelhos destinados apenas a chamadas telefônicas espalhados pelas ruas vão ter arranjar outro lugar para ficar em um futuro próximo.
Com isso, surgiu a necessidade não só de acumular tudo isso em discos e drives, como também de fazer backups para evitar qualquer problema com corrupção de arquivos ou perda total das unidades de armazenamento. As plataformas para tal tarefa foram evoluindo e ficando cada vez menores e mais potentes: disquete, CD/DVD e, por fim, pendrives e cartões SD.
Porém, uma tecnologia chegou para quebrar com tudo isso. A computação nas nuvens já é realidade, tem triunfado sobre a resistência e tem sido adotada por cada vez mais empresas (se você quiser ler mais a respeito do assunto, clique aqui).
(Fonte da imagem: The Chrome Source / Edit)
A convergência possibilitada pelo sistema é, de fato, a melhor solução para um contexto no qual diversos aparelhos são utilizados para desempenhar funções semelhantes. Na prática, o computador vira apenas um componente ligado à grande e poderosa internet.
Quem sabe daqui a um tempo, gigabytes e terabytes vão ser termos antiquados com os quais somente profissionais de armazenamento nas nuvens deverão ter contato. A vantagem? Ninguém precisará se preocupar com backup. O perigo? O quão seguro é deixar todas as suas mensagens, fotos, vídeos, planejamentos financeiros, dados empresariais e outros documentos íntimos ou sigilosos à mercê de um organismo onipresente e distante?
Agora é a sua vez! Participe da discussão e nos conte: se depender de você, as tecnologias e tradições das quais falamos farão falta no mundo de amanhã?
Isso já aconteceu com o telégrafo, toca-discos, pager, fax, walkman, disquete, videocassete, máquinas de escrever e tantas outras ferramentas que agora só fazem volume no “quartinho da bagunça” ou se transformaram em artigos para colecionadores ou material para salas de museu.
Como o tempo é impiedoso e não para, neste exato momento — enquanto você lê este texto — existem mecanismos e objetos se tornando ultrapassados. É claro que o processo é gradual e acontece de maneira sutil. Portanto, faça suas apostas: avalie a seleção que o Tecmundo fez e nos diga se os itens citados terão ou não espaço na sociedade que está por vir.
Livrarias tradicionais
Já reparou o quanto é difícil encontrar uma livraria que vende exclusivamente livros? Várias redes continuam firmes e fortes, mas oferecendo diversos outros atrativos para manter a clientela. Você já deve ter notado o material escolar, CDs, DVDs, celulares, notebooks e até brinquedos tomando conta dos mostruários e prateleiras.(Fonte da imagem: Dee Garreston)
Mas não é só isso. Os principais vilões dos clássicos pontos de venda são o comércio eletrônico e a popularização dos tablets e derivados. Pense bem: diferente de outros tipos de mercadoria, quando se trata de uma publicação impressa você não precisa exatamente testar ou averiguar pessoalmente a condição do produto.
Além disso, uma pequena avaria dificilmente comprometeria um produto como o faria com um eletrônico. Dessa forma, torna-se muito mais prático e cômodo para o leitor pesquisar, ler sinopses e comentários sobre o que deseja em um site, para depois comprar via web.
Mesmo assim, nesse tipo de transação ainda há o tempo de espera entre o pedido e a entrega. Contudo, quando se fala em e-books, essa distância não existe, já que o conteúdo chega ao usuário assim que o pagamento é efetuado.
Os livros não devem sumir tão cedo. A superfície opaca, o cheiro do papel e a experiência de troca de páginas continuam sendo levadas em conta pelos consumidores — já as livrarias, como as gerações passadas conheceram, estas sim devem perecer.
Livros didáticos
Abraçados às livrarias, estão os livros didáticos e enciclopédias. A ideia de vincular laptops e tablets às salas de aula traz mais agilidade às pesquisas e um peso — e custo — menor para os estudantes. Imagine que a interatividade de ensino em um meio digital é muito superior à apresentada por páginas escritas e esquemas estáticos.(Fonte da imagem: Obama Pacman)
Ainda é cedo para afirmar quando a situação financeira global permitirá que boa parte das instituições de ensino troquem os tradicionais cadernos por dispositivos computadorizados. No entanto, as chances de isso acontecer são grandes e, se a previsão se confirmar, os professores terão que pensar em novas maneiras de aplicar provas — enquanto os alunos terão que desenvolver outras artimanhas para colar.
Mapas de papel
Mesmo os mais conservadores não têm como negar que os mapas impressos, ainda que tenham seu charme, não são nem um pouco intuitivos. Localizar ruas e percursos através de volumes cartográficos vai representar, para os nossos netos, algo como o que uma manivela simboliza hoje para nós.(Fonte da imagem: Wikipedia.)
Quando você consulta um serviço de GPS (principalmente em um tablet, onde a tela é maior), um sentimento de que a tarefa nasceu para ser executada ali naquele portátil toma conta dos seus dedos. Arrastar, dar zoom, consultar nomes de ruas, traçar rotas: tudo é feito com extrema leveza.
Por mais que o sistema nem sempre esteja 100% correto e a voz integrada soe mandona e repetitiva, pode ter certeza de que esse tipo de tecnologia é um passo sem volta. Quanto aos mapas de papel? Estes vão se tornar relíquias e partes dos filmes da Sessão da Tarde cuja trama envolve velhos piratas e crianças audaciosas se aventurando em busca de tesouros.
Linhas fixas de telefone
Houve um tempo em que o processo de aquisição de uma linha telefônica era demorado e custoso. Hoje, o Brasil tem mais celulares que habitantes e as operadoras dão até aparelhos de graça. Até o momento, a vantagem de um telefone fixo está apenas nas tarifas menores e em certos planos de minutagem.Contudo, a situação já vem mudando — as cobranças vêm diminuindo e as ofertas para a telefonia móvel ficam cada vez mais tentadoras. Isso sem contar a enorme quantidade de funções apresentadas pelos smartphones: agenda, internet, games, aplicativos, SMS — ou seja, sem comparação!
No futuro, a condição de um sistema de comunicação não portátil não fará o menor sentido. E, aliás, por que você vai discar para a casa de uma pessoa se é possível ligar diretamente para ela?
Internet discada
Junto à cova dos telefones residenciais, estarão também os modems responsáveis pela internet discada. Daqui a um tempo, a deliciosa sinfonia de ruídos responsável por estabelecer uma conexão analógica ficará conhecida apenas como uma obra que foi amplamente executada no final do século XX.Em cerca de 30 anos, ao que se espera, o avanço deve ser tremendo. Com isso, cada vez menos provedores vão oferecer serviços de conexão e cada vez mais novos computadores virão sem modems agregados. Resumindo: a internet de baixa velocidade vai ser apenas uma lenda para contarmos para as gerações vindouras.
Telefones públicos
Os famosos orelhões — pelo menos da maneira como os conhecemos — estão com os dias contados e vão fazer companhia às linhas telefônicas fixas e modems analógicos. A razão pela qual isso deve acontecer não carrega nenhum mistério e, novamente, o grande responsável pela revolução atende pelo nome de celular.Contudo, os telefones públicos podem vir a se tornar centrais multimídia conectadas, capazes de enviar e receber emails e SMS, recarregar celulares, realizar videochamadas e oferecer conexão Wi-Fi. Esse tipo de experiência já acontece em alguns países (na Espanha, por exemplo, esse tipo de tecnologia existe desde 2007).
(Fonte da imagem: NUSA)
No Brasil, também existem empresas que oferecem protótipos parecidos, mas sem tanta notoriedade até agora. Por enquanto, ainda não há especulações palpáveis sobre quando a modernização deve começar a acontecer. Mas uma coisa é certa: os milhões de aparelhos destinados apenas a chamadas telefônicas espalhados pelas ruas vão ter arranjar outro lugar para ficar em um futuro próximo.
Backup em CD ou DVD
Dados e informações sempre foram e sempre serão tratados com importância. O que muda, todavia, é a maneira a qual lidamos com eles. Documentos que outrora ocupavam imensos depósitos e intermináveis gavetas hoje são minoria e os acervos digitais tornaram-se padrão em departamentos comerciais e organização domiciliar.Com isso, surgiu a necessidade não só de acumular tudo isso em discos e drives, como também de fazer backups para evitar qualquer problema com corrupção de arquivos ou perda total das unidades de armazenamento. As plataformas para tal tarefa foram evoluindo e ficando cada vez menores e mais potentes: disquete, CD/DVD e, por fim, pendrives e cartões SD.
Porém, uma tecnologia chegou para quebrar com tudo isso. A computação nas nuvens já é realidade, tem triunfado sobre a resistência e tem sido adotada por cada vez mais empresas (se você quiser ler mais a respeito do assunto, clique aqui).
(Fonte da imagem: The Chrome Source / Edit)
A convergência possibilitada pelo sistema é, de fato, a melhor solução para um contexto no qual diversos aparelhos são utilizados para desempenhar funções semelhantes. Na prática, o computador vira apenas um componente ligado à grande e poderosa internet.
Quem sabe daqui a um tempo, gigabytes e terabytes vão ser termos antiquados com os quais somente profissionais de armazenamento nas nuvens deverão ter contato. A vantagem? Ninguém precisará se preocupar com backup. O perigo? O quão seguro é deixar todas as suas mensagens, fotos, vídeos, planejamentos financeiros, dados empresariais e outros documentos íntimos ou sigilosos à mercê de um organismo onipresente e distante?
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Todas as informações citadas acima são apenas suposições — afinal, o Tecmundo não tem bola de cristal (bem que gostaríamos de ter!). Se dizem que o futuro a ninguém pertence, pelo menos tentamos prever o que não pertencerá a ele.Agora é a sua vez! Participe da discussão e nos conte: se depender de você, as tecnologias e tradições das quais falamos farão falta no mundo de amanhã?
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