domingo, 12 de fevereiro de 2012

PMs da Bahia decidem sair da greve

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1104736
12.02.2012

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Policiais baianos deflagraram greve no último dia 31. Eles buscavam a
incorporação de gratificações aos salários
REUTERS
 
Decisão dos policiais de retornar às atividades foi tomada em assembleia, depois de 12 dias de paralisação
Salvador Em assembleia realizada no início da noite de ontem, policiais militares decidiram encerrar a greve na Bahia, que já completava 12 dias. A desarticulação total do movimento acontece a cinco dias do início do Carnaval de Salvador.

A decisão na noite de ontem contou com a mediação do capitão Tadeu Fernandes, da Polícia Militar. Segundo ele, o principal argumento utilizado com os líderes do movimento foi a garantia dada pelo governo de não aplicar punições administrativas aos policiais que não haviam retornado ao trabalho. O governo também prometeu incorporar as gratificações de modo escalonado, até 2015.

"Os líderes estavam querendo resolver essa questão. Eu fui apenas um mediador. Fui chamado para conversar com o comandante (coronel Alfredo Castro) e com os grevistas. Enquanto não conversasse com os líderes aqui, não teria solução", disse o capitão.

O policial militar Ivan Leite, que representava a categoria em greve, disse que a garantia de não haver punição administrativa foi fundamental. "As negociações continuam, mas ninguém estava ganhando com essa paralisação. Vamos parar por nossos irmãos baianos. Não é por causa do Carnaval. Vamos fazer policiamento desde agora".

Na saída da assembleia, manifestantes cantavam em coro "A PM voltou" e a maioria não quis conversar com a imprensa. Um deles disse que a "greve acabou pelo bem da sociedade". Segundo os PMs, cerca de 300 pessoas participaram da reunião, entre policiais e familiares.

Interior
Policiais militares grevistas decidiram encerrar a paralisação na sexta-feira nas cidades de Itabuna, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Porto Seguro. PMs de Paulo Afonso, na região norte do estado, também decidiram encerrar a greve. Ontem, até o fechamento desta edição, os grevistas de Ilhéus continuavam ocupando o 2º Batalhão da Polícia Militar.

Desde o dia 31 de janeiro, quando a paralisação no estado começou, o movimento se estendeu para cidades no interior do estado. Em todas as regiões, houve mudanças na rotina dos moradores, com o fechamento de escolas, universidades, fóruns e outros órgãos públicos.

A greve dos PMs da Bahia, decretada no dia 31 de janeiro, tinha como objetivo conseguir a incorporação de gratificações aos salários. O movimento foi deflagrado por praças - oficiais decidiram não aderir.

Rio de Janeiro
O inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro e diretor do Sindpol, Francisco Chao, informou ontem que a corporação suspendeu a greve. No entanto, Bombeiros e Polícia Militar continuam com o movimento grevista, aprovado em assembleia por duas mil pessoas na noite de quinta-feira (9). Atualmente, a reivindicação dos chefes do movimento grevista é de R$ 3.500.

Segundo a Polícia Militar, 17 policiais permanecem presos por aderir à greve.

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