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Com um desempenho classificado moderado, o Ceará, juntamente com o Piauí, foi o Estado da Região Nordeste com mais desenvolvimento na última década
05.11.2011| 17:00
Artumira Dutra
artumira@opovo.com
O Ceará tem apenas um município, Eusébio, na classificação de alto desenvolvimento e a pior renda média (R$ 1.052,51) do País em 2009. Mesmo assim, na edição 2011 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), dados de 2009 comparados com os de 2008, o Estado apresenta crescimento acima da média nacional que recuou em relação a 2008 em razão da crise econômica mundial. De 2000 a 2009, o índice geral cearense cresceu 33%, representando o maior desenvolvimento da Região Nordeste, juntamente com o Piauí (30,1%). No País, o desempenho cearense fica atrás apenas de Tocantins que alcançou 36,7%.
Os resultados de 2009 também mostram que o avanço do índice geral do Ceará deveu-se à melhora em todos os indicadores. A alta foi de 10,5%, em emprego e renda, alcançando patamar de desenvolvimento moderado; 4,6% em educação e 2,1% em saúde.
Dos 184 municípios cearenses, 89 (48,4%) apresentaram crescimento do IFDM nas três áreas de desenvolvimento em 2009. A melhora em educação e saúde no Estado foi expressiva e generalizada entre os municípios: 160 avançaram em educação (87,0%) e 150 em saúde (81,5%), diz o estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Emprego e renda mostrou crescimento em dois terços (121 cidades do Ceará). Com os resultados o Ceará manteve a classificação de desenvolvimento moderado, ganhou uma posição entre os estados brasileiros, ficando na 12ª colocação em 2009. Para completar se tornou líder do ranking da Região Nordeste, ao ultrapassar Pernambuco.
Na análise dos indicadores socioeconômicos do Ceará, fica claro que houve melhorias significativas nos últimos dez anos, mas o Estado ainda está longe do desenvolvimento ideal. Entre 2000 e 2009, o Estado avançou 30,2% na área de emprego e renda, 41,7% na de educação e 28,0% em Saúde. Se continuar no ritmo atual, o Ceará pode levar mais uma década para chegar ao nível dos estados do Sudeste que têm a maioria dos municípios na condição de alto desenvolvimento.
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